A Arte Dos Vitrais
O vidro é feito de uma mistura de matérias-primas naturais (areia, barrilha, calcário etc.). Como
substância, o vidro vem de longa data - os objetos com ele
manufaturados apareceram há três milênios antes de Cristo, na Babilônia e
no Egito - sendo introduzido no mundo ocidental pelos romanos.
No
século IV, começou a ser feita a junção de pedaços de vidro com chumbo
fundido, moldados no formato da letra H. Criando os primeiros vitais. O
uso de chumbo foi fundamental à introdução do visual artístico, e no
século IX, apareceu o primeiro trabalho ilustrativo de janelas. A
princípio, os pedaços de vidro eram pintados à mão; mais tarde, a partir
do século IX, desenvolveram-se as técnicas de pintura, misturando-se ao
vidro, ainda em estado de fusão, pigmentos extraídos de um tipo de pó
de metais oxidados.
Os
vitrais eram então usados exclusivamente para pelas igrejas, e os temas
básicos de seus desenhos eram os motivos religiosos, contando a vida
dos santos. no país de Flandres e na Suíça, que o vitral começou a ser usado como
ornamento residencial, em forma de pequenas janelas arredondadas, com
desenhos de motivos heráldicos. A engenharia dos nossos dias conseguiu maximizar o uso do vidro, em estilos abstratos e semi-abstratos da arte moderna. O vitral entrava, agora, não só como elemento de vedação de janelas, mas como elemento atuante na decoração. Hoje em dia, o vitral voltou como expressão de beleza e requinte nas casas dos mais variados estilos e inúmeras aplicações internas ou externas. O avanço da tecnologia moderna permitiu a criação de vitrais inquebráveis (nosso caso), feitos com materiais sintéticos, mas que conservam toda a beleza, colorido e, principalmente, a translucidez das peças antigas.
Fonte: http://douglasdim.blogspot.com.br/2011/09/arte-vitral.html
VITRAL / UM POUCO DA HISTÓRIA
Ocupando
o espaço que corresponde a uma janela o vitral tem a função tanto
decorativa quanto de iluminação. Confeccionado com pedaços de vidros
coloridos e transparentes, eram unidos entre si, à princípio, por meio
de nervuras metálicas. Era empregado nas catedrais e construções
góticas.
Embora pareçam tão antigos quanto os vidros, na realidade os vitrais só foram difundidos a partir do século X, na França.
Vinculado,
ainda à arquitetura, a técnica de produção de vitrais teve seu apogeu no
séc. XIII e foi caindo em desuso no séc. IV, para se aproximar da
pintura. Entrou em franca decadência no séc. XVI. Dessa maneira acabou
por perder em grande parte a importância que tivera na arte medieval.
Não restou
nenhum vitral do séc. X: o da catedral de Reims / França, foi
inteiramente destruído e o da catedral de Magdebourg, construída no ano
1000 foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial.
Do séc. XI
sobreviveu alguns exemplares como o da catedral de Augsburgo / Alemanha e
de Le Mans / França. Este último reúne quatro painéis sobre a Ascensão
de Cristo, de composição não inteiramente gótica, mas um pouco românica.
Em muitos desses vitrais a importância da luz e da cor é maior do que a
do desenho.
Já no séc.
XIII, o potássio – que formava bolhas nos vidros e favorecia sua
decomposição pela refração da luz – foi substituído pela soda, na
composição dos vidros, e as nervuras passaram a ser montadas com barras
de ferro cobertas de chumbo. Essas mudanças explicam a evolução do
vitralismo e a excepcional qualidade das obras produzidas nessa época.
O vitral de
maior importância produzido na idade Média é o da catedral de Chartres,
seguido pelo de Bouges, ambos executados pelos mesmos atelies de
vitralistas em princípio do séc. XIII.
Nessa época
floresceu ateliers em toda a França, com estilos não muito diferentes,
mas variando nas cores. Desenvolveram-se, também, atelies na Alemanha e
Inglaterra.
Com quase
totalidade, os vitrais até aqui sofreram influência bíblica, porém no
séc. XV começaram a apresentar figuras mais naturalistas, com animais,
objetos e flores. As nervuras passaram a ser esmaltadas, os desenhos
mais delicados como na igreja de Montmorency.
No séc. XIX
ocorreu uma tentativa de retomada do vitralismo, através do estilo
gótico. Eugènne E.Villet-le-Duc restaurou em 1848 a Saint-Chapelle para o
que foi necessário pesquisar novamente as técnicas dos séculos XII e
XIII que se haviam perdido. A composição de vitrais no séc. XX aparece
ligada às pesquisas de pintura como as experiências de luz e cor do
abstracionismo.
Servindo de
acessório à arquitetura os vitrais foram utilizados na capela de Notre
Dame Du Hant, construída entre 1950 e 1955 por Le Corbusier, em
Ronchamp. Dentre os vritralistas contemporâneos destacam-se o alemão
Karl S. Rotluff e o inglês Hogan – criadores da igreja São Tomás, em
Nova York.
Fonte: http://taislc.blogspot.com.br/2010/11/vitral-um-pouco-da-historia.html
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