Educação: responsabilidade conjunta |
Escrito por Priscila Callegari | |
No princípio de mais um ano letivo, os educadores não esperam somente pelos alunos, mas também por seus pais ou responsáveis que atuam simultaneamente no intrincado processo de educação das crianças e da própria juventude. Na atual conjuntura, inegavelmente, uma das teses mais difundidas é a do psiquiatra e educador Içami Tiba que reitera a necessidade de reeducação dos pais, diante do comportamento da turma que começa a rumar para os educandários. Segundo Tiba, um princípio fundamental revogado pelos pais é de que o primeiro sim é antecedido de muitos nãos, num reflexo de um paradigma educacional em que os genitores ou responsáveis entendem que pertenceram a um regime educacional ortodoxo e castrador diametralmente oposto ao modelo demasiadamente hipersolícito e permissivo que confunde felicidade filial com um acesso irrestrito à indústria de consumo e aos valores voláteis de um mundo repleto de ilusões. Designados por Içami Tiba como parafusos de geléia, as crianças educadas neste sistema acabam penando mais no momento de adaptação à engrenagem social e às atribuições inerentes a cada profissão.Tudo começa, conforme o renomado educador, em situações domésticas e corriqueiras, como quando um dos pais prega um daqueles sermões recalcitrantes no filho que não arrumou a cama, se esquecendo de abreviar a retórica e convidá-lo para se dirigir ao quarto e lá executar a operação em conjunto. Portanto, os parafusos de geléia precisam de exemplos, porque enquanto as palavras ensinam ou convencem ou comovem, aqueles arrastam, segundo um provérbio árabe. Fonte: http://radioprogresso.com.br |
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